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Artigo Aleatório 27: Como Funcionam as Escolas no Japão


Há quanto tempo não se via um artigo meu que não fossem dados prontos, não é? Mas agora eu estou aqui para falar sobre como funcionam as escolas no Japão, só que antes por curiosidade (e forma de enrolar vocês) vou dizer como eu fui parar nessa página digitando esse texto após tantos meses; 

Usando 80% do meu tempo para escrever meus livros, eu acabei comentando com o Sakakibara que se eu tivesse tanto animo assim para postar no Blog, haveriam quinze artigos por dia e logo iniciamos um debate sobre qual tipo de artigo era possível que eu fizesse (já que eu não vou atrás de ver outros animes se não os da temporada)... E ele apontou o Artigo Aleatório, mas precavida como sempre eu disse que só ia considerar a ideia se ele imediatamente lançasse 5 ideias de artigos que fossem possíveis e interessantes, lembrando que meu nível do que é interessante é algo bem difícil de alcançar, mas ele conseguiu após pensar um pouco e é por isso que eu estou aqui prestes a contar sobre como é de fato o sistema de educação no Japão :D

E se você leu tudo que eu falei até aqui, parabéns, você perdeu seu tempo com uma inutilidade, mas quando ler o conteúdo abaixo, garanto que este tempo será recompensado e que você vai chamar até seus pais para lerem isso! 

 ***

Muito se vê animes colegiais e por isso todo Otaku sabe um pouco sobre as escolas, como por exemplo o fato de haverem clubes e de uniformes serem obrigatórios. Mas e como é o sistema escolar um pouco mais a fundo? E ainda mais colocado em frente ao sistema e índices de educação do nosso país? É isso que vamos ver hoje! no Globo Repórter

Sistema Educacional do Brasil


No Brasil o sistema educacional é composto por quatro etapas; 

Educação Infantil - Creche e Pré-escola - 2 a 5 anos de idade
Ensino Fundamental - 1º a 9º ano - 6 a 14 anos de idade
Ensino Médio - 1º a 3º ano - 15 a 17 anos de idade
Ensino Superior - Bacharelado, licenciatura e formação tecnológica - A partir de 18 anos de idade

Agora vamos falar sobre índices de escolaridade no Brasil, algo que vai provar mais uma vez que não podemos contra asiáticos. Gostaria que prestasse atenção de fato na tabela, já que ela é a forma mais direta de comparação com os níveis do Japão. 

Nível de Escolaridade no Brasil  20 a 24 anos   25 anos ou mais
Fundamental Incompleto  25,37%49,25%
Fundamental Completo e Médio Incompleto 22,57% 14,65%
Médio completo 45,82% 24,56%
Superior Completo 5,46% 11,27%

* Nosso ano escolar começa em fevereiro, sendo dividido em quatro bimestres (na maioria das escolas), em julho há férias de cerca de 27 dias e em dezembro mais ou menos 55 dias de férias antes do ano letivo começar.

* A frequência escolar não pode ser inferior a 75% (ou seja, em teoria a pessoa pode faltar no máximo 50 vezes), embora eu tenha visto muitas e muitas pessoas faltarem dois bimestres inteiros e passarem de ano mesmo assim...

* São quatro horas e meia de aula por padrão, e as matérias do ensino médio são Português, Matemática, História, Geografia, Química, Física, Biologia, Filosofia, Sociologia, Inglês, Artes, e em algumas escolas espanhol e/ou francês.

* Geralmente as escolas pedem 50% ou 60% na nota final em cada matéria no ano como mínimo para aprovação.

* O Brasil é um dos pouquíssimos países que oferecem merenda gratuita.


Sistema Educacional do Japão


Na Terra do Sol Nascente, o sistema educacional é um pouco diferente do nosso e isso já causou muitas vezes confusão na hora de animes colegiais, que traduzem por exemplo que aqueles estudantes de 14 anos estão na terceira série, o que encaixando no nosso sistema não faz sentido algum. Mas segue abaixo como é dividido o sistema do Japão:

Youchien (Jardim de Infância) - 3 a 5 anos de idade
Shougaku (Ensino Fundamental Primário) - 1º a 6º grau - 6 a 12 anos de idade
Chuugaku (Ensino Fundamental Secundário) - 1º a 3º grau - 13 a 15 anos de idade
Koukou (Ensino Médio) - 1º a 3º grau - 16 a 18 anos de idade
Daigaku (Faculdade) - A partir de 19 anos

Com isso você já percebe a grande diferença do Brasil, lembrando que esse sistema foi implantado no Japão após a Segunda Guerra Mundial e segue o americano.

Completar pelo menos o Chuugaku é totalmente obrigatório, imagino que a porcentagem que não o faz é quase nula, já que seguindo a forma japonesa de agir, alguém sem isso não tem chance alguma de conseguir um emprego ou ser respeitado como pessoa. Só tenho dados sobre quem completa o Chuugaku, mas não chega a entrar no Koukou; Também sobre quem abandona o Koukou no meio e quem termina a faculdade. Mesmo sendo só isso, ainda dá um nocaute nas estatísticas brasileiras!

Nível de Escolaridade no Japão  --- 
 Não ingressam o Koukou (ensino médio)  4%
 Entram no Koukou, mas não terminam  2%
 Daigaku (faculdade) completo 46%

* O ensino médio não é obrigatório (e ainda sim tem uma taxa de matrícula de 96%) e para ingressar nele é necessário fazer um exame de admissão, que não é tão fácil.

* No Japão a divisão é em três períodos ao invés de bimestres como o nosso, e eles são:

Ichigakki - Abril a Julho, e em Julho há as férias de Verão, que são de 30 a 40 dias.
Nigakki - Setembro a Dezembro, e em Dezembro há as férias de Inverno, que duram 14 dias.
Sangakki - Janeiro a Março, com as férias de primavera até Abril, onde recomeça o ano escolar.

* O uso de uniformes é obrigatório em praticamente todas as escolas e cada escola tem um estilo diferente de vestimenta.

* A cultura japonesa crê que quem dá educação e conhecimento é sim a escola.

* A frequência somada com a taxa de aprendizado precisa ser de 99,98% para o aluno ser aprovado (!!!)

* As matérias estudadas por eles são língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciências, música, artes, saúde e educação física, às vezes havendo também trabalhos domésticos, educação moral e cidadania.

* Geralmente o professor que muda de sala, mas depende da matéria, pois algumas obviamente precisam de um espaço melhor preparado (já que artes, ciência e música por exemplo não são só teoria)

* Todas as escolas são pagas, até mesmo as públicas e as de ensino médio são bem mais caras! O que explica minha confusão em alguns animes em que o protagonista era pobre de não ter o que comer e ainda sim trabalhava para pagar a escola. Quando a família de um aluno não tem condição financeira para pagar, o governo dá auxílio.

* Há clubes nas escolas, de diversas atividades e esportes, os esportivos principalmente são levados a sério, pois os alunos competem com outras escolas e estados. Os clubes mais padrões de haverem em escolas japonesas são o de arco e flecha, o de cerimônia do chá e o de Kendo.

* Por padrão, são 6 horas de aula por dia, cada aula tendo uma média de 45 a 50 minutos e havendo um intervalo para que os alunos estudem sozinhos.

* Não há cafeteria, os alunos levam a comida de casa ou compram nas máquinas de venda, e comem na sala de aula ou do lado de fora.

* A limpeza é responsabilidade dos alunos deis de sempre, simplesmente é o senso comum do país, logo você não vai ver um japonês cruzando os braços e falando "Por que eu tenho que limpar?!"

* (Extra) Não importa o quão rica for uma família, ela não terá uma empregada, isso porque é muito humilhante alguém limpar o seu lixo ou "criar" os seus filhos.

 * (Extra²) A maioria dos japoneses evita e muito mexer em celulares em metrôs, restaurantes ou ao ar livre.

O Boletim Sem Notas do Japão



O boletim do Shougaku (ensino fundamental primário) no Japão tem o nome de Tsuuchihyou e significa tabela de avisos, não sendo composto por notas, e sim por anotações dos professores sobre o comportamento e desenvolvimento do aluno, como por exemplo "O aluno têm dificuldades em resolver cálculos matemáticos com rapidez" ou "É demonstrado desinteresse perante a matéria" e há um símbolo  que indica a avaliação dele como estudante daquela matéria. 

Podem ser três símbolos diferentes, que são ◎ ○ △.
O símbolo ◎ significa que o aluno é excelente no quesito apresentado no que o professor escreveu.
O ○ quer dizer regular
E o △ significa "fraco"

As letras A, B e C presentes no boletim da imagem são referência à "nota final" dada pelos símbolos em certa categoria.
Mas se você está se perguntando se não há notas, há sim, porém elas não são mostradas no boletim. O motivo mais revelado sobre isso é para não haver competição e nem constrangimento com os alunos alunos, já que, como você deve imaginar, no Japão se você está com nota baixa, você não vai sair rindo e fazendo piada sobre isso. 

Quando as notas passam a valer

Durante o Shougaku era mais fácil, pois tudo se baseava mais no comportamento do aluno na escola, e nós sabemos que eles são educados... Mas quando acaba o 6º grau e começa o 1º grau do Chuugakkou (o ensino fundamental secundário), agora a avaliação do aluno é por notas, que são colocadas no mural da escola em um rankeamento para todos verem. Os professores ficam mais autoritários, pois cobram mais do que só um bom comportamento e os pais também, já que seu filho não vai conseguir viver em sociedade se não se sair bem na escola.

Suicidio

O Japão tem um índice de suicídios muito alto, principalmente em relação a jovens com menos de 18 anos, sendo o suicídio a principal causa de morte em pessoas entre 10 e 19 anos. Os dias em que há picos no número de mortes são no dia do regresso às aulas e no inicio do segundo semestre do ano.

Eu encontrei um tweet que deu bastante polêmica no Japão feito por um bibliotecário em 2015:

"O segundo semestre está quase chegando. Se você está pensando em se matar, porque você odeia a escola tanto, por que não vem para cá? Temos quadrinhos e romances leves. Ninguém vai brigar com você se passar o dia inteiro aqui. Lembre-se de nós como um refúgio, se estiver pensando em escolher a morte em vez da escola."

Observe o aumento assustador em Setembro...
A polêmica se deu porque a maioria das pessoas achou extremamente absurda a atitude de um funcionário municipal de apoiar a falta às aulas, enquanto outras pessoas consideraram aquela uma ação que salvou várias vidas. O que me mostra de forma quase explícita como as famílias subestimam o sentimentos dos jovens que sofrem com isso.

Houve também o relato de um estudante identificado como Masa sobre o que ele estava sentindo no inicio das aulas, dada a um jornal sobre uma organização para apoio a estas pessoas que não querem mais ir a escola.

"O meu uniforme escolar parecia tão pesado quanto uma armadura. Não podia aguentar o clima da escola, o meu coração disparava. Pensei em me matar, porque teria sido mais fácil" mas ele diz que felizmente sua mãe foi compreensiva e o deixou ficar em casa naquele dia, o que evitou o suicídio que ele estava planejando cometer em 1º de Setembro.


Essa organização não-governamental que divulgou o relato de Masa surgiu em 1997 quando duas crianças cometeram suicídio antes do inicio do segundo semestre e também três estudantes atearam fogo à escola porque não queriam voltar a estudar. Segundo o criador da organização, esse foi o momento que ele percebeu que haviam jovens desesperados e que precisavam saber que "não existe essa escolha entre escola ou morte".

Vendo muitos relatos pela Internet, ficou bem claro para mim que não é só o Bullying que faz isso com o psicológico dos estudantes, mas também toda a competição para ter os melhores lugares no mural da escola, tendo que literalmente (e segundo palavras de uma pessoa da ONG) derrotar seus amigos. Inclusive o termo usado para "admissão" em japonês também pode ser traduzido como "guerra".

Bullying

O bullying no Japão é extremamente comum, nós sabemos disso, e no Brasil ele também é muito presente, mas nosso instinto de achar que "ah, é brincadeira" embaça muito nossos olhos até mesmo para o bullying com nós mesmos. 

É muito difícil prestar-se a permanecer 6 horas por dia em um ambiente em que você sente que todos são seus inimigos e estão te julgamento por ser como você é (experiência própria), ou pior ainda, que você sabe que não te respeitam como pessoa por te consideraram uma falha na sociedade. E, trazido já no Meditando no Enredo de Shigofumi do Sakakibara, a maioria do povo japonês ainda acredita que Bullying é culpa da pessoa que sofre, pois ela é fraca e está deixando os outros fazerem o que querem com ela, outro fator que faz as vitimas não pedirem ajuda, já que acham que vão sofrer mais ainda, sendo ridicularizadas por serem ridicularizadas.


Uma coisa nova que descobri fazendo as pesquisas para este artigo e me chocou foi que há uma lei no Japão deis dos anos 70 que proíbe castigos físicos em escolas, porém essa é uma das poucas leis que só ficam no papel! 

Em uma quantidade até que grande para um país como o Japão, há professores que maltratam os alunos física e psicologicamente... Como por exemplo a notícia que vi sobre um professor de educação física que deu chutes e socos em um aluno durante os treinos de corrida, já tendo feito isso com outros estudantes antes também, e outra notícia sobre um professor que humilhou o aluno na frente da sala toda, expondo-o ao ridículo a um ponto em que o estudante não consegue mais ficar na escola, tentou suicídio várias vezes e usa drogas pesadas para tratamento psicológico.

Já me deparei com uma professora de geografia que me fez isso na primeira série, quando ela disse "Natalia, você vê na legenda aí embaixo do mapa no livro... Diga qual é o país com a maior taxa de blá blá blá segundo a estatística" e eu não sabia o que era uma legenda e estava olhando pela folha a busca do que ela estava falando, até que ela se voltou ao resto da sala e disse "Gente, ela não sabe o que é uma legenda. Será que ela sabe ao menos o que é um mapa?", eu não senti nada tão forte na época apesar de ficar triste com a risada de todos, mas até hoje, 15 anos depois, eu fico com muita raiva quando lembro disso.

Eu poderia dar relatos extensos e falar que eu sofria, mas na verdade eu não sofria, porque eu tentava rir junto dos outros, porque "era brincadeira" e se eu ficasse aborrecia estaria "apelando e exagerando", então julgava que o normal era só rir de mim mesma... Bem, eu parei de estudar porque não conseguia ficar mais um minuto dentro de sala, absolutamente não consigo ficar de costas para outras pessoas, eu sempre ando muito perto da parede ou dois passos atrás, mesmo que eu esteja acompanhando alguém a algum lugar, etc etc. O que quero dizer com isso? Se te ofende, não tem problema nenhum em apelar, e se quem pode te ajudar julga que é brincadeira, resolva sozinho... Por que quando o resto das respostas é todo mundo ignorar que isso está te machucando, você tem que alcançar com seus próprios músculos o domínio da situação. quem dera eu já lutasse Taekwondo naquela época,

  
Muita gente pode estar meio em choque sobre meu último paragrafo ou até discordar de forma irritada, mas eu quero deixar claro que baseado nas minhas experiências e visão do mundo, a única maneira de parar alguém que só quer machucar seu ego é pelo medo... Ou ele ficará com medo das consequência se os pais e professores forem atrás dele ou terá que ficar com medo de você!

... Não estou apoiando a violência, estou apoiando o aprendizado da autodefesa. Se ninguém vai te ajudar, não acredite na mentira de que a culpa de sofrer Bullying é sua, o valentão rebaixa quem é melhor que ele para ter a ilusão de que é superior; Porém se você se elevar tanto a ponto dele nem conseguir estender a mão para o puxar para baixo, ele vai desistir de você. 

***
 
Com esta singela mensagem final focando-se mais a fundo no Bullying, devo dizer que eu não sabia o quão diferente era o sistema nas escolas do Japão e que muitas coisas me deixaram chocada e convencida de que alguém acostumado a passar na média estando no Brasil não tem a mínima chance em uma escola japonesa, onde uma nota 3 na prova que vale 10 não é algo para mostrar para todo mundo e dizer "Haha, pelo menos eu tirei 3!" ou "Sou o primeiro da turma de trás para frente!" e sim algo que a maioria das pessoas escondem e sentem profunda vergonha.

O que acharam da minha volta fazendo artigos no blog? Seu comentário é muito importante para que eu continue fazendo isso e no meu caso sabemos que é sério :v
E também o que acham do sistema educacional do Japão? Já conheciam algumas dessas curiosidades?

Quero avisá-los que não há frequência programada para este artigo aparecer, mas que prometo não sumir por muito tempo de novo.

Até mais o/


Artigo Aleatório 27: Como Funcionam as Escolas no Japão Revisado por Natalia Gomes em sexta-feira, setembro 16, 2016 Nota: 5

5 comentários:

  1. O sistema do Japão cobra muito das pessoas e tem muito mais recursos para oferecer ou cobrar dos alunos atividades extras, como os clubes, mas o problema não é o sistema severo é a mentalidade severa deles, outro aspecto é as taxas de estudo, aqui no Brasil ter Bacharel te garante um bom serviço porque muitos não o tem, porém quando todos tem Bacharel, então não será mais um diferencial e você não ganhará mais por isso.

    O que pode ser feito? No caso do brasil cobrar notas melhores, escolas de tempo integral.

    No caso do Japão diminuir a competitividade, entender que nem todos ganham ou conseguem fazer o mesmo que os outros, ser mais como o Brasil, ou seja, o Brasil e o Japão são extremos entre cobranças ao aluno.

    Indo na ideia do Bullying, tu falou tudo... no meu caso por medo neles resolveu, agora com você parece que foi diferente.

    Eu já li muito sobre escolas no Japão não sei porque... E vi que o sistema deles mata muitas pessoas... acho isto o pior de tudo, jovens se matando por não conseguirem ir na escola.
    Olha acho que a única escola legal é a faculdade porque diferente de todos os outros momentos aqui você pode escolher o curso, ou seja, a área do conhecimento que você deseja. Isto é o uma das coisas que mais gosto.

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    1. O problema do Japão é que ser ótimo é ser normal, então eles querem ser PERFEITOS para terem um emprego realmente bom. E a filosofia samurai herdada também é outro fator, falhar para eles é expor sua família ao ridículo.

      Sobre a faculdade, eu tive professoras que tentaram me ajudar nos anos finais (que eu não entrava mais em sala por não aguentar) que falavam isso mesmo... Que a faculdade é um clima diferente, é mais leve e divertido.

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  2. Foi um ótimo texto, com referências e exemplos interessantes, alguns termos já conhecia pois gosto de assistir alguns vídeos de brasileiros que moram no Japão e contam como as coisas são por lá, apesar disso alguns coisas foram novidade, gostei especialmente dos dados sobre escolaridade.

    Quanto a parte do bullying eita coisa desagradável, já cuspiram e rasgaram minha roupa, consegui superar um bocado depois de mais velho mas nunca vou ser aquele cara super conversador e popular, gosto de ficar na minha e se a pessoa for agradável e se aproximar teremos um ótima conversa, sou meio esquivo apesar de simpático as pessoas sempre dizem.

    Pra mim a conversa do "com a universidade vai melhorar" funcionou em parte mas não foram poucas as vezes que vi pessoas abusando psicologicamente de outras mesmo naquele local que supostamente deveria ser de dialógo e aprendizado por excelência, uma vez vi um cara do curso que me fez lembrar a mim mesmo 4 ou 5 anos antes. E o pior de tudo ele ria, ria como eu ria das brincadeiras dos meus "amigos".

    Pelo que o texto mostra no Japão as coisas são ainda piores, está ainda mais araigada a ideia da culpa da vítima, talvez esteja errado mas pra mim parece que pra eles falar que sobre bullying é como admitir a própria incapacidade e fragilidade algo extremamente humilhante em uma sociedade como aquela. Não frequento mais a universidade nem tenho filhos pra saber como andam as coisas no ensino fundamental e médio de qualquer forma percebo uma certa evolução, o tema em si já é mais debatido o que é um bom início pra melhorar a situação dos nossos jovens (falou o velho de 25 anos).

    Mais uma vez, foi um ótimo texto.

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    1. Obrigada! :D

      Faz bastante tempo que eu não vou a escola, tenho que terminar o terceiro para fazer a faculdade que quero (enfermagem para talvez no futuro poder pagar uma de medicina)

      Mas mesmo assim estou buscando métodos que evitem estar em sala de aula, que é o Enem para tirar o certificado do ensino médio... Embora o desse ano eu não tenha conseguido me inscrever a tempo por ter vontade ideia tarde demais...

      Foi bom você dizer que a faculdade não é uma utopia 100% amigável, eu não tinha pensado nesse detalhe ainda, a maioria das crianças que falavam porcaria na infância se tornaram adultos ao menos com senso de respeito, mas tem gente que não tem jeito...

      Porém não, isso que você disse não está me desanimando, está me dando vontade de ir lá e ver se alguém tem coragem agora que eu tenho autoestima e meios de defesa :)




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    2. Aria-shachou17/09/2016, 14:52

      Então, vou tentar ser mais especifico, na minha faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (computador) no IFSP tem um clima bem legal, todos são como eu lá, assistem muitas coisas, ficam muito em casa... são todos como eu kkkk... claro se tu entrar numa faculdade como a USP você pode encontrar pessoas com umas mentalidades preconceituosas, tudo depende da Faculdade e nível de estudo, pois quanto mais inteligente maior a chance dela ser arrogante. No geral eles não vão pegar no teu pé, eles vão te deixar de lado. Claro sempre tem uns casos de bullying na faculdade, e no serviço, e em todo o lugar pq a na verdade o problema do bullying não é de quem sofre, mas de quem faz, o praticante é que tem o problema...

      Acho que este post pode gerar um outro sobre bullying nas escolas japonesas, porque eu vi a vontade sua de falar sobre este tema.

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