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As histórias de Fate e as expectativas para Heaven's Feel


A alguns anos atrás, eu ainda não havia me transformado no otaku que sou hoje, e lembro que estava procurando por alguns animes seinen para assistir. Lembro que muitos recomendavam, entre tantos outros, o Fate/Zero. Lembro me que eu havia encontrado na Netflix (acho que era no ano de 2014...), mas por algum motivo havia deixado de lado.
Até que ano passado, quando eu voltei a assistir animes como se não houvesse amanhã (foi a minha válvula de escape para o stress da faculdade), eu lembrei da série no Netflix. Na época eu estava assistindo SAO II, e decidi procurar o Fate/Stay Night online. E assim começou meu longo vicio em todas as obras da Type-Moon...

                                                     Capa do anime de 2006

Para aqueles que não sabem, Fate/Stay Night é originalmente uma visual novel lançada em 2004, sendo necessárias mais de 50 horas para completa-la. De forma bem simplificada, ela conta a história de Shirou Emiya, um estudante do ensino médio, cujo pai adotivo era um mago (acho meio redundante conta-la, afinal ainda estou para ver algum otaku que não tenha assistido algum anime da franquia, mas como não se sabe o dia de amanhã...). Buscando tornar-se semelhante a ele, o garoto treina todo dia magia em sua casa, porém sabendo menos do que o necessário para ser considerado um iniciante. O que ele não sabe é que sua cidade é palco da guerra do Santo Graal, travada entre 7 mestres (que são magos), com seus respectivos servos (ou Espíritos Heroicos, heróis que imortalizaram seu nome no passado, seja na realidade ou na ficção). Ao ver a luta entre dois servos, Shirou acaba sendo alvo de um deles, sendo mortalmente ferido. Porém, é salvo por sua colega e maga Rin Tohsaka, o que faz com que volte a ser um alvo do mesmo servo que o atacou. Em perigo, ele acidentalmente invoca um servo, ou melhor, aquele que seria o mais forte de todos... Saber.

                                           Os servos da história original

A visual novel possui 3 rotas. A primeira, Fate, foi adaptada para o anime em 2006, pelo estúdio Deen. Ela é focada no relacionamento entre Shirou e Saber, assim como a história dela. Muitos criticam a animação, devido ao estúdio ter tentado unir elementos das outras duas rotas, assim como o visual dos personagens e suas características. Eu concordo com a parte visual do anime, eu acho muito estranho os designs dos personagens. Mas em relação a história em si, eu não consigo culpar o estúdio. Acredito que tenham tentado tornar a história da visual novel mais “apresentável” ao grande público, mesmo porque na época Fate/Stay Night ainda não era o grande sucesso que é hoje.
Talvez, boa parte da rejeição para a primeira adaptação tenha sido com o sucesso de Fate/Zero, o prelúdio da obra, contando a história de Kiritsugu e a guerra anterior a da visual novel. Adaptada de uma light novel, o anime foi feito pela Ufotable. Com uma animação incrível, visual e ambientes lindos, assim como um dos melhores usos de CG e filtros de imagem, a adaptação foi um sucesso. Acredito que do ponto de vista técnica esse não é só o melhor da franquia, como também um dos melhores animes já feitos.

Fate/Zero: o anime de maior sucesso da franquia

Acredito que Fate/Zero tenha sido uma das causas para a negatividade com Fate/Stay Night pois a obra da Ufotable arrebatou muito mais fãs que o primeiro anime, assim como possui um caráter bem mais denso, sombrio e maturo. Acredito que a comparação seja meio injusta, pois, além do que eu acredito que tenha sido a intenção do estúdio Deen, há também a diferença considerável de tempo entre elas (Fate/Zero é de 2012).

                                    Capa de Fate/Stay Night: UBW. Repare na mudança
                                   do traço dos personagens para a obra de 2006 da Deen.
                                                Muito mais agradável, não acha?

Com o bom trabalho, a Ufotable adaptou a segunda rota, Unlimited Blade Works, lançada em 2014, com sua segunda temporada em 2015. A rota, que segue o que teria acontecido se Shirou tivesse impedido Saber de atacar Archer, possui uma história mais densa e matura que a primeira adaptação, assim como, segundo aqueles que jogaram a visual novel, é bem mais fiel a história da rota (aliás, eu estou jogando ela atualmente). Diferentemente da primeira rota, esta é focada no relacionamento entre Shirou e Rin, assim como conta a história de Archer.  
Ainda assim, é nítido uma queda de qualidade no roteiro da segunda temporada. Na minha opinião, a primeira é excelente, quase se igualando a Fate/Zero, que é a grande obra prima do estúdio. Mas a temporada de 2015 me deu uma certa sensação de “lentidão”, como se a história tivesse seu progresso retardado drasticamente. Não que isso seja necessariamente ruim, mas algumas coisas sem sentido ocorrem na segunda temporada, como o relacionamento entre os protagonistas não evoluindo de maneira satisfatória, assim como a luta entre Archer e Shirou ser meio arrastada (ainda que eu goste da cena).

                  A Saber pra mim é um dos personagens femininos mais fortes dos animes.                                                               Confesso que ela foi minha Waifu durante um bom tempo...

Mas mais uma vez, a Ufotable fez um trabalho técnico absurdamente lindo (acho que já deu para perceber o quanto eu admiro esse estúdio...). O estúdio Deen também fez, em 2010, a adaptação da mesma rota em um filme, mas eu confesso que não assisti.
Acho que um dos fatores que contribuem para essa diferença na aceitação de cada adaptação seja o foco de cada rota na visual novel. Elas não são independentes, pelo contrário. Apesar de não serem continuações uma da outra, cada uma é necessária para o entendimento da obra como um todo. A primeira serve muito como uma introdução ao universo criado pela Type-Moon, sendo repleta de explicações sobre a magia, a Associação dos Magos, a Igreja, entre outras. Já UBW, nos mostra um Shirou um pouco mais maduro, mais racional, assim como o uso de sua rivalidade com Archer para a representação do conflito em sua mente.
Algo que eu me vejo na obrigação de fazer, é constatar a excelente e criativa trilha sonora da franquia. É inegável que a primeira adaptação tenha, em um de seus poucos elementos unanimes entre a fanbase, uma trilha marcante, composta por Kenji Kawai. Já a Ufotable, também não deu o braço a torcer e trouxe Yuki Kajiura para compara a Fate/Zero, com ela também participando na produção de parte da trilha de UBW. A trilha sonora deste último é um pouco irregular, mas eu gosto demais da versão dela de “This Illusion” e “Emiya”.

                                               Agora é a vez da Sakura!

Tudo isso nos traz para Heaven’s Feel, a terceira rota. Eu ainda não joguei ela, logo sei pouco sobre sua história. Mas, pelo o pouco que li, ela é focada na relação entre os mestres, tanto que a história da guerra fica um pouco ofuscada. A rota explora a relação entre o protagonista e Sakura Matou, assim como o papel desta família de magos na guerra. Ela é ainda mais densa e sombria que as outras (a história da garota não é nada fácil), e me parece que é a preferida entre os fãs.

A Ufotable já anunciou sua adaptação em uma trilogia de filmes, sendo o primeiro deles já confirmado para este ano. Acredito que sua adaptação ao cinema seja devido ao um possível aumento de sua classificação indicativa, devido ao cunho da obra. Mas não acho que serão adaptadas cenas mais fortes que estão presentes na rota. Não preciso nem dizer que meu hype é imenso...




As histórias de Fate e as expectativas para Heaven's Feel Revisado por Unknown em sexta-feira, março 03, 2017 Nota: 5

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